Dicas de Especialistas

A dicotomia entre a utilização das tecnologias no aprendizado formal e a necessidade de equilíbrio no uso de telas e aparatos tecnológicos

O presente trabalho, construído a partir da análise de artigos científicos e também da prática docente experienciada no decorrer dos anos, visa apresentar a importância dos recursos tecnológicos no processo educacional moderno, ao mesmo tempo que se dispõe a exibir os possíveis efeitos negativos que a utilização em demasia de tais aparatos podem gerar em tal contexto.

Tendo em vista que, no contexto educacional brasileiro, cada vez mais, as tecnologias têm assumido um papel de destaque no processo ensinoaprendizagem, desempenhando um papel crucial no aprendizado das crianças,
tais considerações se fazem necessárias.

Tamanho destaque das tecnologias no contexto educacional se deve às múltiplas facetas que tais recursos podem assumir e oferecer aos profissionais da educação e aos discentes.

A inserção de dispositivos digitais e aplicativos educacionais nas escolas tem sido largamente vista como um procedimento efetivo para promover uma aprendizagem significativa e aprimorar variadas habilidades dos estudantes, o que envolve a potencialização de aspectos cognitivos, sociais e emocionais.

Alinhadas a esses conceitos, diversas pesquisas enfatizam que a aplicação apropriada das tecnologias no ambiente de sala de aula pode aguçar saberes vinculados à criatividade, à cooperação e à resolução de problemas entre os
alunos, proporcionando uma experiência de aprendizado mais dinâmica, intensa e orgânica.

Diante de tais apontamentos, a integração das tecnologias ao processo ensinoaprendizagem, que se desenha como algo irreversível, suscita uma reflexão ampla acerca dos modelos educacionais empreendidos por professores e instituições de ensino atuais.

Tal tendência pode encontrar em ferramentas diversas, como jogos educativos, simulações interativas e plataformas de ensino online, novas oportunidades para verificar e explorar conceitos e conhecimentos, anteriormente tratados como complexos, a partir de perspectivas mais acessíveis e inclusivas.

Contudo, mesmo diante de tantos benefícios para os estudantes, é crucial reconhecer a importância do equilíbrio no uso das telas que abrigam tais tecnologias, especialmente no contexto do desenvolvimento infantil, visto que,
no mundo moderno, a infância tem sido permeada por um uso indiscriminado das tecnologias por parte das crianças.

Uma série de estudos, elaborados no Brasil e em outros países, demonstra que o excesso de tempo em frente às telas, por parte de crianças e adolescentes, pode estar diretamente ligado a problemas de saúde de diversas ordens,
envolvendo aspectos físicos, mentais e emocionais. Isso implica na necessidade imperativa de estabelecer limites de acesso aos aparatos tecnológicos e promover atividades e interações sociais mais humanas, pautadas pelo convívio direto e pessoal.

Considerando tal realidade, é primordial expandir o campo de visão, também, sobre os malefícios que as tecnologias, quando utilizadas em excesso, podem gerar no processo de desenvolvimento dos estudantes.

Dessa forma, torna-se fundamental implementar uma abordagem equilibrada dos elementos tecnológicos, objetivando integrar o uso das tecnologias ao contexto educacional de maneira racional e pontual.

Assim sendo, pode-se preservar e maximizar os benefícios educacionais da integração das tecnologias e, simultaneamente, garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável dos estudantes.

 

Ronald Álex Santos Reis
Professor/tutor da Faculdade Única
Professor da Educação Básica

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